Prevenção de Escaras: Como as almofadas e os colchões anti escaras auxiliam?

Escaras, ou úlceras por pressão, são lesões que aparecem quando a pele e os tecidos ficam comprimidos por longos períodos, reduzindo a circulação local.
Afetam com frequência pessoas acamadas, cadeirantes, idosos e quem está no pós-operatório. A boa notícia é que a prevenção funciona, e ela começa com mobilização frequente, cuidado com a pele, nutrição adequada e o uso de superfícies de suporte bem escolhidas.
Almofadas e colchões terapêuticos não “resolvem sozinhos”, mas reduzem consideravelmente o risco quando fazem parte de um plano diário.
O papel das superfícies de suporte
Esses recursos atuam em três frentes: redistribuem a pressão, minimizam cisalhamento/atrito e regulam o microclima (calor e umidade).
O princípio é simples e eficiente: aumentar a área de contato para diminuir picos de pressão nas proeminências ósseas.
Tecnologias como espumas de alta resiliência, viscoelástico, gel fluido e células de ar favorecem imersão e envolvimento, acomodando o corpo sem “afundar” demais.
Capas respiráveis e impermeáveis a líquidos ajudam a manter a pele seca e protegida, um ponto crítico para quem usa fraldas ou transpira mais.
Para quem usa cadeira de rodas
Uma boa almofada anti-escaras deve considerar peso, medidas do quadril, formato do assento e o nível de sensibilidade do usuário.
Modelos em gel reduzem picos de pressão e dissipam calor; sistemas de ar permitem ajuste fino; já o viscoelástico envolve melhor as proeminências, oferecendo estabilidade pélvica. A capa ideal combina baixa fricção com fácil higienização.
A popular almofada caixa de ovo, feita com espuma convoluta, é leve e respirável, podendo ser útil em usos temporários ou como complemento, mas não substitui soluções mais avançadas em casos de alto risco.
E para a cama?
O colchão anti-escaras pode ser estático (espumas avançadas, cortes transversais e zonas de alívio) ou dinâmico, com pressão alternada por meio de uma bomba silenciosa que cicla o suporte a cada poucos minutos.
Em pacientes muito vulneráveis ou com histórico de feridas, os sistemas dinâmicos costumam oferecer proteção superior; já os estáticos de alta densidade, com boa ventilação, atendem bem perfis de risco moderado.
Observe a capacidade de peso, altura do módulo, compatibilidade com camas articuladas e a facilidade de limpeza. Um colchão adequado deve reduzir picos sem “encostar no fundo” durante mudanças de decúbito.
Uso e manutenção na prática
Mantenha uma rotina de mudança de posição (em geral a cada 2–3 horas no leito e pequenos ajustes frequentes na cadeira).
Inspecione a pele diariamente, especialmente sacro, ísquios e calcâneos; use calcanheiras ou posicionadores quando necessário.
Evite lençóis muito esticados e dobras. Higienize capas conforme orientação do fabricante e troque-as ao primeiro sinal de desgaste.
O “teste do afundamento” ajuda: se você sente a base dura com a mão sob o usuário, é hora de revisar o ajuste ou o equipamento.
Conte com especialistas
Fisioterapeutas e enfermeiros podem avaliar risco (escala de Braden, por exemplo) e indicar a combinação ideal de mobilização, cuidado com a pele e superfícies de suporte.
Há mais de 10 anos a Ada Medical atua com foco nas áreas da saúde (cirúrgico, ortopédico, beleza e bem-estar).
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